Rentabilidade pecuária
A beterraba é a cultura com maior produção de MS e Energia por hectare nos regadios de Portugal e Espanha. Incluindo a beterraba na rotação de culturas podemos alimentar mais animais com a mesma superficie.
¿Quanto poderemos poupar usando a beterraba? |
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Podemos estimar o custo da cultura da beterraba em cerca de 20% a 30% mais que a cultura do milho, devido ao maior custo da semente, herbicidas e colheita. O custo de produção da beterraba situa-se entre 20 a 30 €/t, dependendo da produção final e dos custos da rega. O preço de compra nas zonas produtoras de Espanha ,sem o transporte, fica entre 30 e 35€/tonelada. A Energia “Net” contida num hectare de beterraba (105 t de raíz com 16% de açúcar) equivale a cerca de 30 000 kg de cevada, avaliados em cerca de 4000€. Uma regra simples é considerar que 4 kg de beterraba fresca equivalem a 1 kg de cereais ou então a 1 kg de um concentrado de baixa proteína. Com estas premissas poder-se-á poupar mais de 0,5 € vaca/dia. A beterraba incluída na dieta de ruminantes, deve substituir a energia dos concentrados, nunca a das forragens. |
¿Quanto posso poupar com a beterraba? |
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A beterraba pode substituir grande parte do alimento concentrado da dieta. Como regra geral 4 kgs de beterraba fresca equivalem em EnL a 1 kg de cereais ou de um concentrado de baixa proteína. O custo de produção da beterraba está entre 20 e 30 €/ton. O preço de compra nas zonas produtoras de beterraba em Espanha, sem transporte, está entre 30 e 35€/ton. |
Informação
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A beterraba é a cultura com maior produção de MS e Energia por hectare nos regadios de Portugal e Espanha. Incluindo a beterraba na rotação de culturas podemos alimentar mais animais com a mesma superficie. ¿Quanto poderemos poupar usando a beterraba? Podemos estimar o custo da cultura da beterraba em cerca de 20% a 30% mais que a cultura do milho, devido ao maior custo da semente, herbicidas e colheita. O custo de produção da beterraba situa-se entre 20 a 30 €/t, dependendo da produção final e dos custos da rega. O preço de compra nas zonas produtoras de Espanha ,sem o transporte, fica entre 30 e 35€/tonelada. A Energia “Net” contida num hectare de beterraba (105 t de raíz com 16% de açúcar) equivale a cerca de 30 000 kg de cevada, avaliados em cerca de 4000€. Uma regra simples é considerar que 4 kg de beterraba fresca equivalem a 1 kg de cereais ou então a 1 kg de um concentrado de baixa proteína. Com estas premissas poder-se-á poupar mais de 0,5 € vaca/dia. A beterraba incluída na dieta de ruminantes, deve substituir a energia dos concentrados, nunca a das forragens. ¿Quanto posso poupar com a beterraba? A beterraba pode substituir grande parte do alimento concentrado da dieta. Como regra geral 4 kgs de beterraba fresca equivalem em EnL a 1 kg de cereais ou de um concentrado de baixa proteína. O custo de produção da beterraba está entre 20 e 30 €/ton. O preço de compra nas zonas produtoras de beterraba em Espanha, sem transporte, está entre 30 e 35€/ton.
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Composição da beterraba A beterraba tem metade da proteína dos cereais mas um teor de energia quase igual. A diferença radica em que nos cereais a energia provém do seu teor em amidos e na beterraba no seu teor em açúcares. Por esta razão a beterraba é considerada como um concentrado. Possui melhores teores em Cálcio, Sódio, Potássio e Magnésio, mas menores em Fósforo. A qualidade da sua Fibra é muito boa pois não contém Lignina e por isso a sua Digestibilidade é também muito alta. Comparação Nutricional Em dietas ricas em concentrados a beterraba melhora a sua qualidade pois aumenta o conteúdo em fibra de alta qualidade. A beterraba melhora a palatabilidade de dietas com subprodutos menos palatáveis. A beterraba debe substituir quantidade equivalente de energia da dieta. ALIMENTAÇÃO E TRANSIÇÃO A primeira semana é o momento mais importante para prevenir a acidose. Nunca incluir a beterraba na dieta diária sem que se reduza a sua quantidade de energia equivalente do restante concentrado Introduzir a beterraba pouco a pouco até que se atinja a dose recomendada fazendo a transição num período nunca inferior a 7 dias Nunca fornecer ad libitum a animais recém-chegados à exploração que se encontrem com fome . É muito importante assegurar uma transição correcta a estes animais A beterraba deve ser fornecida a todas as refeições , não apenas só de manha ou pela tarde, de forma garantir a estabilidade das condições do rúmen A ingestão muito rápida de beterraba pode desencadear a acidose. O problema reduz-se quando a ingestão se reparte ao longo do dia. Com o maneio alimentar adequado uma vaca pode ingerir até 20-25 kg vaca/dia. As ovelhas e cabras até 2-3 kg ovelha/dia O principal problema na alimentação com a beterraba é a ingestão de terra. As beterrabas com mais de 5% de terra devem ser lavadas, especialmente no caso de serem ensiladas. Ainda que tanto ovelhas e vacas possam comer as beterrabas inteiras, é preferível que estas sejam picadas e misturadas com outras forragens, para evitar picos de altas concentrações de açúcar no rumen. Este cuidado é menos importante quando a beterraba possui menos de 18 % de MS Assegure que todos os animais têm acesso à beterraba picada ao mesmo tempo, para evitar que os primeiros animais comam mais beterraba que os últimos a ter acesso a esta.. A beterraba com folhas poderá conter níveis elevados de Nitratos provocando intoxicações ligeiras,sobretudo se fôr recém colhida e fornecida em grandes quantidades. Si se orea 5 días los Nitratos se reducen. A beterraba é muito rica em energia mas pobre em proteína. Daí que seja absolutamente necessário equilibrar a dieta complementando com proteína de outras fontes alimentares. Benefícios adicionais da Beterraba: BETAÍNA A beterraba é conhecida por conter níveis excepcionalmente altos de Betaína. Trata-se de um nutriente que aparece de forma natural na beterraba e nos seus subprodutos tais como a polpa de beterraba e o seu melaço. A Betaína é amplamente utilizada como aditivo em alimentos compostos de qualidade, na sua forma purificada, normalmente na forma de Betaína-anhidra, monofosfato de Betaína ou cloridrato de Betaína. A Betaína está implicada no metabolismo proteico e energético (Eklund et al., 2005). Há uma evidência crescente de que a Betaína possa ter um impacto positivo tanto no rendimento dos animais como na qualidade da sua carcaça (Eklund et al., 2005). A suplementação em Betaína das dietas para o gado aumentou ao longo da última década. A Betaína protege os micróbios intestinais contra as variações osmóticas e melhora a fermentação microbiana ruminal, melhorando a digestibilidade da fibra e a absorção dos minerais (Eklund et al., 2006a, b; Ratriyanto et al., 2009). Estimula o crescimento e a actividade das bactérias em todo o tubo digestivo beneficiando assim a saúde em geral. A betaína ajuda a controlar o stress osmótico que se produz durante os processos diarreicos como a coccidiose (Eklund et al, 2005). Nos ruminantes, a suplementação dietética com produtos da beterraba açucareira ricos em betaína melhora a fermentação microbiana da fibra neutra-detergente, que se reflete no aumento da produção ruminal de ácidos gordos voláteis (Wiedmeier et al., 1992). A Betaína é capaz de substituir a metionina como um dador de grupos metilo apoiando ou mesmo substituindo a metionina noutros importantes processos fisiológicos. Por estas razões a betaína é muita vezes referida como um eficaz protetor hepático, benefício muito importante em animais de alta produção de leite e durante o chamado período de transição.
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Após 4 ou 5 meses de crescimento a raíz da beterraba já está bem formada, continuando contudo a crescer desde que se reunam as condições apropriadas. A sua máxima produção é atingida após 8 ou 9 meses de crescimento da cultura. Em Portugal e Espanha a raíz conserva-se perfeitamente na terra durante todo o inverno, mesmo com geadas fortes, sem se estragar. Como referência temporal pode pensar-se na cultura da batata. Se na zona em questão se semeiam batatas, a beterraba pode semear-se na mesma altura ou até mesmo antes. Datas de sementeira mais adequadas na Península Ibérica: O período durante o qual a beterraba pode permanecer na terra está condicionado pelo aparecimento da espiga. Na sementeira de primavera esta aparece após o inverno, no inicio da primavera seguinte, em que começam a crescer folhas novas e surge o talo floral. Neste caso a beterraba pode estar mais de um ano na terra. O que permitirá dispor de uma forragem durante todo o outono e o inverno. Armazenamento no Outono-Inverno Durante o inverno a beterraba pode ser armazenada ao ar livre, sem ser tapada, para que o monte respire e não aqueça. Em caso de risco de geadas, ou por debaixo de -5ºC, o monte da beterraba debe ser coberto com palha ou uma lámina plástica. Não se debe exceder os 2 m de altura e os 4 m de largura. Caso isto não se cumpra corre-se o risco de que a beterraba fermente e se percam nutrientes através dos líquidos efluentes. Caso se faça um monte alongado, a largura deverá ser um pouco menor, 3m.. Caso a beterraba congele, normalmente a camada mais superficial, ou no lado mais frio, esta deverá ser a beterraba mais rapidamente, consumida uma vez que esteja descongelada. O monte debe fazer-se de preferencia sobre um pavimento de cimento.
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A beterraba pode ser ensilada mas para isso é necessário considerar o seguinte: Caso a beterraba tenha mais de 5% de terra agarrada é necessário que antes seja lavada. A terra prejudica a qualidade e a sanidade da silagem, da mesma forma que com qualquer outra forragem. A beterraba tem uma MS de 23% a 25%, mas terá 16% ou 12% caso seja de tipo semi-forrageira ou forrageira, respectivamente. A MS da silagem terá de subir até 30 a 33%, de forma a evitar perdas pelos efluentes que se começam a produzir poucas horas após a beterraba ter sido picada. Para atingir o nivel óptimo de MS da silagem de beterraba esta tem que ser misturada com um produto mais seco, com por exemplo: Polpa de beterraba em pellets Destilados secos de cereais (DDGs) Bagaço de soja Palha de cereais, sêmea de trigo, casca de soja, etc Alguns exemplos de misturas comprovadas com êxito para silos de beterraba
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Beterraba em pastoreio direto Aproveitar a beterraba em pastoreio direto é a forma mais rentável e prática de aproveitar a beterraba. Além do mais permite aproveitar as folhas, que são uma excelente forragem verde , com um conteúdo em proteína de 16%. Os animais podem comer perfeitamente no campo as folhas e as raízes de beterraba. No entanto há que considerar o seguinte: Nem todas as variedades são adequadas para pastoreio. Os melhores resultados são obtidos com beterrabas tipo semi-forrageiro, como a GERONIMO, cujos teores em MS são mais baixos, mas com grande parte da raíz acima do solo que é assim facilmente aproveitada pelos animais. A beterraba é muito apetecida pelo gado e por isso deve controlar-se o tempo de acesso para controlar a sua ingestão, sobretudo em animais em produção intensiva de leite. A melhor forma é usar um pastor eléctrico que se vai movendo diariamente. Deve estabelecer-se um periodo de adaptação e ir vigiando os animais sobretudo nos primeiros dias da transição. A beterraba GERONIMO permite-nos dispor de uma pastagem energética, disponível desde meados do outono até à primavera seguinte, um periodo de 6 meses, quando as pastagens e as forragens são mais escassas.